A visita do Papa vai traduzir-se num período de miniférias. É que o Governo decidiu decretar tolerância de ponto para os funcionários públicos para 11 de Maio à tarde, em Lisboa, para dia 13 em todo o País, e para dia 14 de manhã, no Porto. Apenas no dia mais importante da deslocação, quando Bento XVI preside às celebrações finais no Santuário de Fátima, a 13 de Maio, é que a medida abrange todo o País.
Quando o Papa estiver em Lisboa (dia 11), a dispensa ao trabalho é à tarde e abrange apenas o concelho – com excepção para os funcionários da Câmara Municipal da capital, que podem gozar folga todo o dia, uma vez que a autarquia optou pela tolerância de ponto também de manhã. No caso do Porto, por decisão municipal e governamental, os funcionários municipais e da Administração Central têm livre a manhã do dia 14. Em Vila Nova de Gaia, os trabalhadores municipais também deverão ser dispensados no mesmo período. No caso de Ourém, concelho a que pertence Fátima, a proposta a aprovar na próxima reunião da Câmara, segunda-feira, prevê que sejam garantidos apenas os serviços mínimos municipais no dia 12, quando Bento XVI já estiver na Cova da Iria.
A Igreja tinha afirmado, em Março, que considerava 'muito bem--vinda' alguma 'medida que facilitasse' a participação da população nas celebrações. O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Morujão, afirmou na altura que o tema tinha sido abordado nos contactos preparatórios da visita feitos com o Governo.
A medida do Governo abrange os 700 mil funcionários públicos, enquanto as decisões das autarquias atingem 21 mil trabalhadores.
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